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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Eflúvio telógeno (queda de cabelo)

Nosso fio de cabelo apresenta um ciclo de 3 fases: anágena (crescimento), catágena (repouso) e telógena (queda).
O eflúvio telógeno caracteriza-se pela queda intensa de cabelos que estão na fase telógena.
Podem ser várias as causas que determinam o surgimento do eflúvio telógeno, como: pós-parto, interrupção do uso de pílulas anti-concepcionais ou de reposição hormonal, infecções e doenças acompanhadas de febre alta, traumas físicos e/ou emocionais, pós-operatório, doenças da tireóide, deficiências nutricionais (ferro, zinco e proteínas) ou dietas muito restritivas (com ou sem medicamentos).

Geralmente a queda de cabelos se inicia 2 a 4 meses após o fator desencadeante, por exemplo, após o parto, uma das causas mais frequentes. A queda pode ser bastante intensa assustando o paciente que se vê diante de um grande número de fios de cabelos soltos após penteá-los, durante a lavagem ou no travesseiro, ao acordar pela manhã.
Considerando-se que a queda de cerca de até 100 fios por dia é considerada normal, o número de fios que caem deve ser maior que este. A doença não se acompanha de nenhum outro sintoma, mas pode estar associada a outras doenças, como a dermatite seborreica que, quando intensa, também pode ser um fator desencadeante do eflúvio telógeno.
Normalmente, a queda dos cabelos se resolve espontaneamente em 3 a 6 meses. Se persistir por um período maior do que esse algum fator não diagnosticado pode estar mantendo o eflúvio ativo.

O tratamento consiste na correção das causas, quando forem detectadas deficiências alimentares ou alterações emocionais. Dietas ricas em proteínas e certas vitaminas vão ajudar. Deve-se controlar doenças que estejam associadas. No caso de dermatite seborreica é imprescindível a lavagem diária do couro cabeludo para eliminar o excesso de oleosidade. Em certos casos também pode-se indicar medicamentos para serem aplicados diretamente no couro cabeludo, visando controlar o processo e estimular o crescimento de novos fios.

É importante lembrar que a queda ocorre rapidamente mas o crescimento de um novo fio é demorado, crescendo cerca de 1cm a 2cm por mês. Por isso, o resultado terapêutico que deve esperado é a redução da queda a um número de até 100 fios por dia. A recuperação e crescimento dos pêlos vai ser percebida de forma gradativa.
Se seus cabelos estão caindo em quantidade maior que 100 fios por dia, agende uma consulta médica para avaliar a causa e melhor forma de tratamento para o seu caso.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Alopecia androgenética (calvície)

A alopecia androgenética ou calvície é uma manifestação fisiológica que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos. A herança genética pode vir do lado paterno ou materno.

A alopecia é resultado da estimulação dos folículos pilosos por hormônios masculinos que começam a ser produzidos na adolescência (testosterona). Ao atingir o couro cabeludo de pacientes com tendência genética para a calvície, a testosterona sofre a ação de uma enzima, a 5-alfa-redutase, e é transformada em diidrotestosterona (DHT).
É a DHT que vai agir sobre os folículos pilosos promovendo a sua diminuição progressiva a cada ciclo de crescimento dos cabelos, que vão se tornando menores e mais finos. O resultado final deste processo de diminuição e afinamento dos fios de cabelo é a calvície.

A característica principal é a queda continuada dos cabelos com substituição por fios cada vez mais finos e menores até a interrupção do crescimento.
A progressão do quadro leva à calvície, caracterizada pela ausência de cabelos na parte superior e frontal da cabeça, poupando as áreas laterais e posterior, no homem.

Produção aumentada de oleosidade e descamação no couro cabeludo (caspa) também podem estar presentes acompanhando o processo de queda, mas não são responsáveis pela calvície.

As mulheres com níveis hormonais normais também podem ser atingidas, porém não chegam à calvície total, apresentando um quadro de rarefação difusa dos pêlos que também tornam-se mais finos. Geralmente as manifestações agravam-se após a menopausa.

Existem diversas opções de tratamento para a calvície, como tratamento com medicações tópicas, medicamentos de uso oral, aplicações de fórmulas injetáveis no couro cabeludo e transplante de fios.
É importante salientar que quanto mais precoce for o início do tratamento melhores serão os resultados.

Seus fios de cabelo começaram a diminuir? Agende uma consulta médica para saber qual a melhor opção de tratamento no seu caso!

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pele ressecada

Nossa pele funciona como uma barreira para evitar invasão de fungos e bactérias e qualquer alteração dessa barreira (como por exemplo o ressecamento) pode facilitar a penetração desses microorganismos podendo levar ao desenvolvimento de lesões eczematosas ou micoses.

Nessa época de frio, é muito comum que a pele fique mais ressecada, principalmente pelo fato de que nesse período os banhos tornam-se mais quentes e demorados. Também ocorre uma ingestão insuficiente de líquidos ao longo do dia.

É recomendado evitar o uso de buchas durante o banho e evitar sabonetes nos braços e pernas, onde a pele em geral fica mais ressecada.

Deve-se usar logo após o banho hidratantes que contenham em sua fórmula uma ou mais das seguintes substâncias: PCANa, oligoelementos, uréia, lactato de amônio, óleo de amêndoas doces, óleo de semente de uva, alantoína ou ácido hialurônico.

Lembre-se de beber muita água para manter o organismo bem hidratado!


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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Alopecia areata

A alopecia areata, conhecida popularmente como "pelada", é uma doença de causa desconhecida que atinge igualmente homens e mulheres, caracterizando-se pela queda repentina dos pêlos, formando placas circulares de alopecia ("falhas"), sem alteração da pele no local, que se apresenta sem qualquer sinal inflamatório.
Pode atingir o couro cabeludo e também outras regiões como a área da barba, supercílios, cílios ou qualquer outra região pilosa.

Acredita-se que uma predisposição genética pode ser estimulada por fatores desencadeantes, como o estresse emocional e fenômenos auto-imunes, ocasionando o surgimento da doença.

Geralmente, a doença não se acompanha de nenhum outro sintoma. A repilação pode ocorrer totalmente em semanas ou meses e, algumas vezes, os pêlos nascem brancos para depois repigmentarem.
Em alguns casos, a doença pode tornar-se crônica, com o surgimento de outras lesões e evolução para alopecia total (atingindo todo o couro cabeludo) ou até mesmo para a alopécia universal (quando caem todos os pêlos do corpo). Estes casos são de controle mais difícil.

Há diversas formas de tratamentos, com medicações de uso tópico ou oral, e a escolha varia de acordo com o local e o tamanho da lesão. A duração do tratamento vai depender da resposta de cada paciente.

É fundamental uma avaliação médica para o diagnóstico correto e a escolha do tratamento.

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terça-feira, 4 de maio de 2010

Eczema de contato

É uma reação inflamatória que ocorre devido ao contato da pele com um agente irritativo (eczema por irritante primário) ou que cause alergia (eczema alérgico).

O eczema por irritante primário ocorre pela ação direta da substância sobre a pele, que a danifica e desencadeia a reação.
Pode ser classificado como:
• Agudo: quando a substância causadora tem concentração alta e a resposta é imediata à exposição. É o caso do contato da pele com ácidos fortes.
• Crônico: quando a pele é exposta repetidamente a substâncias irritativas de baixa concentração, provocando um dano cumulativo. É o caso do eczema das mãos das pessoas que lidam diariamente com sabões e detergentes (donas de casa e profissionais de cozinha).

Já o eczema alérgico ocorre quando uma substância alergênica (que causa alergia) entra em contato com a pele e, ligando-se a proteínas da própria pele, passa a ser reconhecida como estranha ao organismo, que desencadeia uma resposta imunológica para combatê-la. A pessoa pode, por exemplo, desenvolver alergia a desodorantes ou perfumes que contenham álcool em sua formulação.

As características típicas do eczema de contato na fase aguda são a vermelhidão, inchaço, formação de vesículas (pequenas bolhas), bolhas e secreção. Mais tarde ocorre a formação de crostas e descamação (fase sub-aguda). Em uma fase mais tardia, quando se torna crônico, aparece a liquenificação (espessamento da pele). O prurido (coceira) está presente em todas as fases, e pode ser discreto ou muito intenso.

O tratamento do eczema de contato depende do tipo (irritativo ou alérgico) e da fase em que se encontra (agudo, sub-agudo ou crônico), variando de acordo com cada caso, e deve ser determinado pelo médico.
São utilizadas medicações de uso local e/ou de uso oral, para diminuir o processo inflamatório e o prurido, que muitas vezes é desesperador.
Evitar o contato com as substâncias que desencadeiam o eczema é fundamental para o sucesso do tratamento.

No caso dos eczemas alérgicos, o teste de contato, pode ser de grande ajuda para se descobrir o que está causando a alergia.

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