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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Fitofotodermatose (manchas por contato com limão ou outras frutas cítricas)

Nessa época de calor, quando se torna mais comum freqüentar praia e piscina, as pessoas costumam ter o hábito de espremer limão em um peixe frito ou camarão e também consumir bebidas a base de frutas cítricas, como por exemplo a caipirinha.


Essa combinação (exposição ao sol + contato com substâncias cítricas) pode levar a um quadro de inflamação da pele denominado fitofotodermatose.


A doença ocorre porque algumas frutas e plantas (limão, tangerina, laranja, lima, figo, manga, maracujá, verduras, aipo, coentro, cenoura, erva-doce, salsa, nabo) contêm uma substância que é modificada quimicamente pelo sol, tornando-se muito irritante à pele. Sorvetes não industrializados, freqüentemente vendidos em praias, podem ter algum tipo de suco cítrico propiciando situação semelhante.


A lesão geralmente se inicia um dia após o contato e a exposição à luz solar. Começa com manchas vermelhas, de contornos irregulares, que evoluem para manchas escuras, principalmente nas áreas expostas, como face, tórax, mãos e pernas. Ocasionalmente há a formação de bolhas, que podem sofrer infecção secundária.


Para evitar que essas manchas desagradáveis apareçam na sua pele, siga essas recomendações:

1. Evite manusear limões e/ou qualquer outro alimento fotossensibilizante estando no sol ou sabendo que irá se expor;

2. Caso seja necessário manusear, lave muito bem com água e sabão as mãos e local onde houve contato antes de se expor ao sol. Logo em seguida, aplique bloqueador solar no local. Se possível (caso trabalhe com esse tipo de alimento) use luvas para evitar o contato direto da pele com essas substâncias.


Caso as manchas ocorram, use bloqueador solar e procure um médico para avaliação.

Geralmente em 4 a 6 semanas as manchas desaparecem, mas podem surgir novamente em caso de reexposição.


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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Disidrose

Você tem notado surgimento de vesículas (pequenas bolhas) que coçam ou até doem nas mãos ou pés? Pode ser que você esteja com disidrose.
É uma doença de causa desconhecida devida provavelmente à retenção de suor entre as células da epiderme (camada mais superficial da pele).
Alterações climáticas, ingestão de alimentos cítricos, uso de sapatos fechados e estresse emocional têm sido relatados como prováveis fenômenos desencadeantes.
A doença pode atingir as mãos e os pés, iniciando com coceira e formação de vesículas endurecidas, acometendo principalmente a lateral dos dedos, as palmas das mãos e as plantas dos pés. A coceira pode ser intensa e o ato de coçar pode romper as bolhas que eliminam líquido transparente. As lesões podem ocorrer em pequeno número mas em alguns casos tomam toda a superfície das mãos ou pés.
O quadro ocorre em surtos que se repetem e duram de uma a duas semanas, com o ressecamento das bolhas e descamação nos locais atingidos.
É fundamental consultar um médico para o correto diagnóstico da doença e seu tratamento.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Hiperhidrose

Existem 2 tipos de hiperhidrose: a primária e a secundária.

A hiperhidrose primária não tem causa conhecida, se devendo mais a fatores genéticos. As pessoas nascem com a tendência, que pode se manifestar logo nos primeiros anos de vida, ou em qualquer fase posterior. (Sobre essa que iremos falar)

A hiperhidrose secundária, é aquela associada a uma causa: obesidade, menopausa, uso de drogas antidepressivas, febre, alterações endócrinas e alterações neurológicas com disfunção do sistema nervoso.

A principal função do suor é manter estabilizada a temperatura do nosso organismo (termorregulação). A hiperhidrose é definida como uma sudorese que ultrapassa a necessidade de termorregulação, ou seja, as pessoas que apresentam hiperhidrose geram suor nas mesmas condições e sob os mesmos estímulos que os outros pacientes, só que em quantidade maior. Além disso, podem gerar suor, mesmo em condições onde outras pessoas não o apresentariam, como com pequenas emoções e mesmo com temperatura normal. Isso acaba gerando um processo de ansiedade que agrava a hiperhidrose.

Alguns pacientes referem que passaram a apresentar hiperhidrose quando submetidos a responsabilidades maiores, geralmente profissionais, ou durante períodos de maior emoção, como a adolescência, problemas familiares, conjugais ou econômicos. O que acontece, é que estas pessoas já apresentavam a hiperhidrose, mas com o estresse emocional, ela se manifestou.

Por haver um aumento do número de bactérias em regiões úmidas do corpo, a hiperhidrose pode estar associada com um aumento de odor, embora não seja a responsável direta por este tipo de problema (leia postagem sobre bromidrose).

A hiperhidrose atinge principalmente a axila, as mãos e os pés, mas pode atingir também a face, principalmente a região frontal (a testa) e o couro cabeludo, tórax, região sob a mama, região inguinal, e qualquer outra região do corpo.

Os pacientes que apresentam hiperhidrose axilar se queixam de roupas excessivamente molhadas, manchadas e danificadas, aspecto de má higiene e dificuldade para usar trajes de determinados tecidos.

Os que apresentam hiperhidrose palmar (mãos) se queixam de dificuldades para manusear papéis, tocar instrumentos, digitar computadores, cumprimentar com um aperto de mão, no contato afetivo, para dirigir e para a prática de esportes.

Já os que apresentam hiperhidrose plantar (pés) se queixam de umidade exagerada, facilidade para adquirir micoses (frieiras) e sensação de que os pés escorregam por dentro do sapato.


Há 3 formas principais de tratamento: tópico, cirúrgico e injeção de toxina botulínica (Botox®).


O tratamento tópico é feito, em geral, com aplicação de medicações que contenham alumínio em sua formulação mas não costuma ser muito efetivo.


A simpatectomia consiste na secção de determinados pontos do tronco simpático (nervo), localizado no interior da cavidade torácica. Com isto, o estímulo nervoso para as glândulas sudoríparas cessa e a sudorese desaparece. É uma técnica eficiente, que pode apresentar complicações raras, mas reais, o que torna a escolha por esse tipo de tratamento uma decisão muito séria tanto para o médico como para o paciente.


A aplicação injetável de toxina botulínica é um tratamento rápido, seguro, eficaz e de raros efeitos colaterais significativos, quando comparado ao tratamento cirúrgico. O procedimento é realizado sem internação, no consultório médico, e o paciente pode retornar às suas atividades normais no mesmo dia.

A toxina causa uma paralisia temporária dos nervos das glândulas écrinas (responsáveis pela produção de suor), levando a uma diminuição temporária da produção de suor no local da aplicação, que dura aproximadamente de 6 meses há 1 ano.

Estudos comprovam que há um alto índice de satisfação dentre os pacientes submetidos a esse tratamento.


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