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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Hiperhidrose

Existem 2 tipos de hiperhidrose: a primária e a secundária.

A hiperhidrose primária não tem causa conhecida, se devendo mais a fatores genéticos. As pessoas nascem com a tendência, que pode se manifestar logo nos primeiros anos de vida, ou em qualquer fase posterior. (Sobre essa que iremos falar)

A hiperhidrose secundária, é aquela associada a uma causa: obesidade, menopausa, uso de drogas antidepressivas, febre, alterações endócrinas e alterações neurológicas com disfunção do sistema nervoso.

A principal função do suor é manter estabilizada a temperatura do nosso organismo (termorregulação). A hiperhidrose é definida como uma sudorese que ultrapassa a necessidade de termorregulação, ou seja, as pessoas que apresentam hiperhidrose geram suor nas mesmas condições e sob os mesmos estímulos que os outros pacientes, só que em quantidade maior. Além disso, podem gerar suor, mesmo em condições onde outras pessoas não o apresentariam, como com pequenas emoções e mesmo com temperatura normal. Isso acaba gerando um processo de ansiedade que agrava a hiperhidrose.

Alguns pacientes referem que passaram a apresentar hiperhidrose quando submetidos a responsabilidades maiores, geralmente profissionais, ou durante períodos de maior emoção, como a adolescência, problemas familiares, conjugais ou econômicos. O que acontece, é que estas pessoas já apresentavam a hiperhidrose, mas com o estresse emocional, ela se manifestou.

Por haver um aumento do número de bactérias em regiões úmidas do corpo, a hiperhidrose pode estar associada com um aumento de odor, embora não seja a responsável direta por este tipo de problema (leia postagem sobre bromidrose).

A hiperhidrose atinge principalmente a axila, as mãos e os pés, mas pode atingir também a face, principalmente a região frontal (a testa) e o couro cabeludo, tórax, região sob a mama, região inguinal, e qualquer outra região do corpo.

Os pacientes que apresentam hiperhidrose axilar se queixam de roupas excessivamente molhadas, manchadas e danificadas, aspecto de má higiene e dificuldade para usar trajes de determinados tecidos.

Os que apresentam hiperhidrose palmar (mãos) se queixam de dificuldades para manusear papéis, tocar instrumentos, digitar computadores, cumprimentar com um aperto de mão, no contato afetivo, para dirigir e para a prática de esportes.

Já os que apresentam hiperhidrose plantar (pés) se queixam de umidade exagerada, facilidade para adquirir micoses (frieiras) e sensação de que os pés escorregam por dentro do sapato.


Há 3 formas principais de tratamento: tópico, cirúrgico e injeção de toxina botulínica (Botox®).


O tratamento tópico é feito, em geral, com aplicação de medicações que contenham alumínio em sua formulação mas não costuma ser muito efetivo.


A simpatectomia consiste na secção de determinados pontos do tronco simpático (nervo), localizado no interior da cavidade torácica. Com isto, o estímulo nervoso para as glândulas sudoríparas cessa e a sudorese desaparece. É uma técnica eficiente, que pode apresentar complicações raras, mas reais, o que torna a escolha por esse tipo de tratamento uma decisão muito séria tanto para o médico como para o paciente.


A aplicação injetável de toxina botulínica é um tratamento rápido, seguro, eficaz e de raros efeitos colaterais significativos, quando comparado ao tratamento cirúrgico. O procedimento é realizado sem internação, no consultório médico, e o paciente pode retornar às suas atividades normais no mesmo dia.

A toxina causa uma paralisia temporária dos nervos das glândulas écrinas (responsáveis pela produção de suor), levando a uma diminuição temporária da produção de suor no local da aplicação, que dura aproximadamente de 6 meses há 1 ano.

Estudos comprovam que há um alto índice de satisfação dentre os pacientes submetidos a esse tratamento.


Alguma dúvida sobre hiperhidrose e suas formas de tratamento? Deixe um comentário...

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